Bem- estar e Movimento

Bem- estar e Movimento

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Algumas Dicas para Bem Envelhecer

A atividade física, quando prescrita de forma adequada, poderá ajudá-lo(a) a aliviar/superar a dor, a ganhar ou manter o movimento e a preservar a sua independência. Aqui ficam algumas dicas que poderão ajudá-lo(a) a bem envelhecer.





NEM SEMPRE PRECISARÁ DE CIRURGIA OU MEDICAMENTOS CASO TENHA DOR LOMBAR.
A dor na região lombar é, geralmente, excessivamente tratada através de cirurgia e/ou medicamentos. Atualmente, um número crescente de estudos científicos tem demonstrado que a Fisioterapia pode ser uma alternativa eficaz e, com muito menos riscos, em comparação com a cirurgia ou mesmo o uso prolongado de medicamentos (Choi et al., 2016; Malai et al., 2015; Fritz et al., 2008; Hides et al., 2001; APTA, 2017).





O EXERCÍCIO PODE REDUZIR O RISCO DE DESENVOLVER DIABETES.

A prevalência estimada da diabetes na população portuguesa com idade compreendida entre os 20 e os 79 anos (7,7 milhões de indivíduos) foi, em 2015, de 13,3%. Verificou-se, ainda, um forte aumento da prevalência da diabetes com a idade: mais de um quarto das pessoas entre os 60-79 anos tem a doença (SNS, 2017). A obesidade e a inatividade física colocam-no em risco de desenvolver esta patologia. No entanto, uma rotina de atividade física apropriada é uma das melhores formas de prevenir e gerir a diabetes tipo 2 (Tomas-Carus et al., 2016; Alvarez et al., 2016; Mendes et al., 2016; Liubaoerjijin et al., 2016).


O EXERCÍCIO PODE AJUDAR A EVITAR QUEDAS E MANTER A SUA INDEPENDÊNCIA.

As quedas representam um dos maiores problemas clínicos em idosos com idade superior a 65 anos, afetando 30 a 40% dos que vivem em comunidade e 50% dos que vivem em lares/residências sénior. As quedas podem ter sérias consequências como fraturas ou lesões a nível da cabeça. Estas consequências poderão reduzir a mobilidade, independência e a qualidade de vida do indivíduo (Gillespie et al., 2015; Barban et al., 2017). Estudos científicos mostram que programas de exercícios, liderados por Fisioterapeutas e, que incluam exercícios de fortalecimento e de equilíbrio, em casa ou em grupo, reduzem as quedas e o risco de queda (Gillespie et al., 2015; Kim et al., 2017; APTA, 2017; El-Khoury et al., 2015; Sherrington et al., 2008).




O EXERCÍCIO É “AMIGO” DO CÉREBRO.

Indivíduos que são fisicamente ativos apresentam uma probabilidade mais reduzida de desenvolver problemas relacionados com a memória ou a doença de Alzheimer, uma condição que se estima afetar cerca de 5% dos indivíduos com mais de 65 anos, definindo-se um perfil de incremento exponencial com a idade (Sobol et al., 2015; Ries et al., 2015; Alzheimer Portugal, 2017).




Referências:
Choi, H., Gwon, H., Kim,S., Park, S., Cho,B. (2016) Effects of active rehabilitation therapy on muscular back strength and subjective pain degree in chronic lower back pain patients. J. Phys. Ther. Sci. 28: 2700–2702

Malai S., Pichaiyongwongdee S., Sakulsriprasert P. (2015) Immediate Effect of Hold-Relax Stretching of Iliopsoas Muscle on Transversus Abdominis Muscle Activation in Chronic Non-Specific Low Back Pain with Lumbar Hyperlordosis. ThailandJ Med Assoc Thai. 98 (Suppl. 5): S6-S11
Fritz, J., Cleland, J., Speckman, M., Brennan, G., Hunter, S. (2008) Physical Therapy for Acute Low Back Pain: Associations With Subsequent Healthcare Costs. Spine. Vol. 33; 16: 1800-1805
Hides J., Jull, G., Richardson, C., (2001) Long-term effects specific stabilizing exercises for first-episode low back pain. Spine. 26: 243-248.
Tomas-Carus, P., Ortega-Alonso, A., Pietilainen, KH., et al. (2016) A randomized controlled trial on the effects of combined aerobic-resistance exercise on muscle strength and fatigue, glycemic control and health-related quality of life of type 2 diabetes patients. J Sports Med Phys Fitness. 56(5):572–578. 

Alvarez, C., Ramirez-Campillo, R., Martinez-Salazar, C., et al. (2016) Low-volume high-intensity interval training as a therapy for type 2 diabetes. Int J Sports Med. 37(9):723–729. 

Liubaoerjijin, Y., Terada, T., Fletcher, K., Boulé, NG. (2016) Effect of aerobic exercise intensity on glycemic control in type 2 diabetes: a meta-analysis of head-to-head randomized trials. Acta Diabetol. 53(5):769–781. 

Mendes, GF., Nogueira, JA., Reis, CE., Meiners, MM., Dullius, J. (2016) Diabetes education program with emphasis on physical exercise promotes significant reduction in blood glucose, HbA1c and triglycerides in subjects with type 2 diabetes: a community-based quasi-experimental study. J Sports Med Phys Fitness.

Serviço Nacional de Saúde. https://www.sns.gov.pt/noticias/2017/03/15/diabetes-factos-e-numeros-2015. 28/05/2017. 16h00.

Gillespie, LD., Robertson, MC., Gillespie, WJ., Sherrington, C., Gates, S. et al. (2015) Interventions for preventing falls in older people living in the community. Cochrane Database of Systematic Reviews 2012, Issue 9. 1- 299.

El-Khoury, F., Cassou, B., Latouche, A., Aegerter, P. et al. (2015) Effectiveness of two year balance training programme on prevention of fall induced injuries in at risk women aged 75-85 living in community: Ossébo randomised controlled trial. BMJ. 351:h3830.

Barban, F., Annicchiarico, R., Melideo, M., Federici, A. (2017) Reducing Fall Risk with Combined Motor and Cognitive Training in Elderly Fallers. Brain Sci. 1-14.

Kim, K., Jung, HK., Kim, C., Kim, S. et al. (2017) Evidence-based guidelines for fall prevention in Korea. Korean J Intern Med.32:199-210.

Sherrington, C., Tiedemann, A., Fairhall, N., Close, J., Lord, S. (2011) Exercise to prevent falls in older adults: an updated meta-analysis and best practice recommendations. NSW Public Health Bulletin. Vol. 22(3–4).

Sobol, NA., Hoffmann, K., Vogel, A. (2015) Associations between physical function, dual task performance and cognition in patients with mild Alzheimer’s disease. Aging Ment Health. 10:1-8. 

Ries, JD., Hutson, J., Maralit, LA., et. al. (2015) Group balance training specifically designed for individuals with Alzheimer disease: Impact on Berg Balance Scale, Timed Up and Go, Gait Speed, and Mini-Mental Status Examination. J Geriatr Phys Ther. 38(4):183-93.