Bem- estar e Movimento

Bem- estar e Movimento

quarta-feira, 28 de março de 2018


Dicas para se manter ativo e independente à medida que envelhece


Existe a ideia errada de que o processo de envelhecimento não pode ser acompanhado por aventura e/ou oportunidades para viver a vida ao máximo. Para que isso aconteça, tudo o que precisa é: orientação adequada, proatividade e uma atitude positiva.

Estudos sugerem que melhorias na função física são possíveis, mesmo em idades mais avançadas e, suportam que a realização de uma atividade contínua, à medida que envelhece, ajuda a combater o declínio cognitivo.


Com a orientação de um Fisioterapeuta poderá melhorar a sua mobilidade, manter o seu nível de independência e continuar a participar nas suas atividades preferidas. Após a avaliação do seu caso, será delineado um plano de tratamento que corresponda às suas carências (poderá incluir exercícios específicos de fortalecimento, treino aeróbio, treino de equilíbrio e ou outros), ajudando-o a alcançar os seus objetivos.

Assim e, por forma a manter-se ativo e independente, à medida que envelhece deverá forcar-se em:

Manter-se em forma. Está provado que o exercício ajuda a melhorar o equilíbrio, fortalece os ossos e previne patologias a nível cerebral e cardíaco.

Manter o equilíbrio. A manutenção de um equilíbrio adequado bem como, evitar quedas são imperativos para manter a qualidade de vida e viver de forma independente.

Avaliar o terreno. O Fisioterapeuta poderá fazer algumas recomendações que tornem a sua casa e outros meios mais seguros para si (poderá sugerir, por exemplo: que retire os tapetes de sua casa entre outros).

Manter-se ocupado. Para garantir um envelhecimento ativo e bem-sucedido continue a conviver com amigos, família, comunidade. As experiências sociais ajudam a diminuir o medo assim como, a melhorar as suas capacidades mentais e físicas.




Referências: 
Stephens, C., Breheny, M., Mansvelt, J. (2015) Healthy ageing from the perspective of older people: a capability approach to resilience. Psychol Health. 30(6):715–731. 

Avin, KG., Hanke, TA., Kirk-Sanchez, N., et al. (2015) Management of falls in community-dwelling older adults: clinical guidance statement from the Academy of Geriatric Physical Therapy of the American Physical Therapy Association. Phys Ther. 95(6):815–834. 

Young, WR., Mark Williams, A. (2015) How fear of falling can increase fall-risk in older adults: Applying psychological theory to practical observationsGait Posture. 41(1):7–12. 

Holt-Lunstad, J., Smith, TB., Layton, JB. (2010) Social relationships and mortality risk: a meta-analytic reviewPLOS Med. 7(7):e1000316. 

APTA. http://www.moveforwardpt.com 26/3/2018. 16H00.
  

quarta-feira, 14 de março de 2018


Que estratégias utiliza o Fisioterapeuta para gerir a dor?

A Fisioterapia é uma alternativa segura e efetiva no tratamento da maioria das condições relacionadas com a dor. Enquanto os opióides apenas mascaram a sensação de dor, o Fisioterapeuta trata a dor através do movimento, da terapia manual, do exercício e da educação ao paciente.


EXERCÍCIO 

Um estudo seguiu 20 000 pessoas durante 11 anos e concluiu que aqueles que realizavam exercício regularmente experienciavam menos dor. Dentro daqueles que se exercitavam mais de 3 vezes por semana, a dor crónica foi 28% menos comum. O Fisioterapeuta pode prescrever exercício específico aos seus objetivos e necessidades (Holt et al., 2008).




TERAPIA MANUAL

A literatura suporta a terapia manual como uma boa estratégia para tratar a dor. Desde a Síndrome do Túnel Cárpico à dor lombar, este tipo de estratégia pode reduzir efetivamente a dor e melhorar o movimento. O Fisioterapeuta poderá utilizar manipulação, mobiliação articular e/ou tecidos assim como outras estratégias durante o seu tratamento (Fernández-de-las Peñas et al., 2015; Delitto et al., 2012).




EDUCAÇÃO

Um estudo realizado com população militar, que referia dor na região lombar, demonstrou que daqueles que referiam dor na região lombar e, que receberam uma sessão educacional de 45 mins sobre a dor procuraram menos tratamento do que aqueles que não frequentaram a sessão de educação. Este programa permitiu reduzir o medo e a sensação de ameaça da dor, o que permitiu reduzir a sua incidência e assim a procura de tratamento. O Fisioterapeuta falará consigo de forma a perceber a história da sua dor e ajudar a estipular expetativas realistas acerca do seu tratamento (George et al., 2011).




TRABALHO DE EQUIPA

Estudos recentes demonstraram que o desenvolvimento de uma relação positiva com o Fisioterapeuta assim como, ser um participante ativo na sua recuperação estão relacionados com o sucesso do seu tratamento. Isto é provável que aconteça uma vez que o Fisioterapeuta está apto a trabalhar consigo e avaliar de que forma a sua dor reage ao tratamento.





Referências:
Holth, H.S., Werpen, H.K., Zwart, J.A., Hagen, K. (2008) Physical inactivity is associated with chronic musculoskeletal complaints 11 years later: results from the Nord-Trøndelag Health Study. BMC Musculoskelet Disord. 9:159. 

Fernández-de-las Peñas, C., Ortega-Santiago, R., de la Llave-Rincón, A.I., et al. (2015) Manual physical therapy versus surgery for carpal tunnel syndrome: a randomized parallel-group trial. J Pain. 16(11):1087–1094. 

 Delitto, A., George, S.Z., Dillen, L.V., et al. (2012) Low back pain. J Orthop Sports Phys Ther. 42(4):A1–A57. 

George, S.Z., Childs, J.D., Teyhen, D.S., et al. (2011) Brief psychosocial education, not core stabilization, reduced incidence of low back pain: results from the Prevention of Low Back Pain in the Military cluster randomized trial. BMC Med. 9:128. 

APTA. https://www.moveforwardpt.com. 10-03-2018, 16H00.